16 de março de 2012

Criativas criaturas #2

Uma coisa é certa: conhecer pessoas de conteúdo faz bem. A personalidade, a cultura, o comportamento são coisas que um sujeito carrega de mais interessante. É uma troca de informações do qual sempre se extrai algo de diferente... Sendo assim, indicamos essa coluna pra você apreciar e tirar proveito da galera mais criativa do pedaço (no melhor sentido, claro). Pois bem, nessa semana vamos conhecer Daniel França; diretor de arte, videomaker e ilustrador que vai falar um pouco sobre seus ‘’dons’’ artísticos.




Breve história:

Mancebo de 24 anos, conhecido como Daniel Nec (por causa de ''necrosis'', lances de quando ainda era um militante da arte urbana). Período em que, com 17/18 anos de idade, começou desenhar em Natal/RN. 

Com 19 anos veio morar em Macapá, no mais puro intuito de mudar os ares, e tentar por em prática a vontade de ser independente (seja lá o que significava aquilo). Seu pretexto era estudar, e estudou. Estudou um montão! Fez duas faculdades no qual não pôde concluir nenhuma. No entanto, nas madrugadas ociosas em sua casa(s), sempre exercitava suas habilidades pouco acadêmicas. 

Nesse tempo, conheceu a galera do Açaimilombra, um pool de artistas de vídeo com dois protagonistas: Alex Silveira e Toninho Júnior. Os dois se mostraram grandes professores para Daniel - um na arte de captura de imagens (fotografia) e outro na de edição (montagem). A partir daí, começou a se apaixonar por cinematografia. Comprou uma câmera e começou a fazer vídeos de tudo que o se dispusesse a ser enquadrado. Depois de criar e editar as filmagens descobriu que aquilo era um serviço de videomaker. E assim Nec se intitulou: um videomaker. 

Durante esse processo, continuava desenhando, se descobrindo, se alimentando de novos referenciais. Trabalhou em emissoras de TVs, produtoras, agencias gráficas, se arranjou com uma dama, viajou de bicicleta para o município de Oiapoque, virou fora do eixo, saiu pra fora do eixo, entrou nos eixo e adotou o Skate como transporte! Ufa!

Cá estou, disse ele. “Hoje trabalho com visualidades e dedico meu tempo livre a arte sem me limitar a plataformas. Com ‘Os Catitas’ pra ver, a ‘Lúcia no limbo’ pra ouvir e eu mesmo, sigo deslizando com as 4 rodas, 2 eixos e a madeira... Suprindo minha saudade do mar”.

Daniel explica que plataformas são suportes onde se faz a obra, esclarecendo que a plataforma de vídeo difere de ilustração. Com ‘Os Catitas’ trabalha com o suporte visual, ilustração, design, pinturas e etc... ‘Lúcia no limbo’ é um projeto de, segundo ele, música estranha em conjunto com o Ruan Patrick (Stereovitrola), no qual estão gravando pra lançar uma obra/produto. E isso de 4 rodas, 2 eixos e a madeira é o skate que usa pensando no surf.


Nec explica suas invenções:




“São trabalhos que me servem de boa referência de como me expresso e do que gosto de fazer. Esta é uma identidade visual da MTV Macapá. Acredito que foi um dos primeiros trabalhos de escala comercial que fiz com um entusiasmo livre, e como de costume foi muito mal usado. Que seja. Adorei as arvorezinhas (risos)”


“Cartaz para show da Stereovitrola em São Paulo - a galera dessa banda é tudo amigo, sempre faço trabalhos visuais pra eles. Desenhos com nankin e aquarela, aqui e aculá um tom pastel, sobreposições, colagens e como sempre a finalização no computador. Torna-se mecânico esse processo de construção”.




“Primeiro teste com uma T2i (câmera fotográfica que filma). É um vídeo, do primeiro fim de semana livre, logo que peguei a máquina. Testei seus recursos, filmei coisas e acabei fazendo uma pequena filmagem com uma música que gosto, do Panda Bear. Depois acabou surgindo muito outros trabalhos assim: de pequenos exercícios do qual crio um contexto (que pode ser um absurdo qualquer) se transformando em obra/produto. O mesmo funciona para rascunhos, recortes...”

*Vale destacar que a logomarca do blog, é criação dele, atendendo um pedido nosso! E somos gratos sempre!

Veja a entrevista:


Auto - Nec?
“Atualmente gosto da relação com as pranchas, nankin, synth, ganja e galgos.

Ahh, sou hiperativo”.


Cabeça ferve de idéias quando?
“Quando estou no processo de passagem, no contra-tempo da partida e da chegada. Ex: no caminho do trabalho, viajando pra qualquer lugar, indo mijar e etc...”



Aperta os olhos quando?
“Sei lá, quando to cagando?” 



Cara feia para?
“Pra outra cara feia”.

Info bônus?
“Não tem nada de mais. Pra quem quiser viver eu no simulacro: 




 Elisama Jamilie

Um comentário:

rogério araújo - nomed disse...

sagacidade sem precisa resolver no tiro. nec é só paz